sábado, 28 de janeiro de 2012

Hoje o dia está bom pra... ir à feira

Todo sábado de manhã tem em Santos uma feira de flores, frutas, verduras e legumes frescos, na Av. General Francisco Glicério, entre os Canais 1 e 2. São uns 750 metros da avenida que fecham para a feira. Além do tradicional, também é possível encontrar umas delícias mais elaboradas, como queijos, embutidos, defumados, conservas, muitas especiarias e os clássicos “pastéis paulista”, uns verdadeiros travesseiros de massa recheados de tudo que se sonhar.

Hoje aproveitei que amanheceu sem chuva pra ir à feira comprar uns ingredientes que faltavam pra salada de bacalhau que eu queria fazer. Acabei levando mais do que o planejado. Não resisti aos morangos, framboesas e cerejas frescas, fruta do conde, tomates holandeses, chalotas, pimenta da síria, ovos vermelhos e biju, tão sedutores...

Mas o super interessante da feira é a experiência antropológica de se rodar por alguns minutos ali dentro daquele universo peculiar e constatar que aquela poderia ser uma feira em qualquer outro lugar do mundo. Feira é sempre feira: os personagens parecem ser os mesmos, só mudam os sotaques e as frutas da época. E parece até haver uma espécie de script e set list do que deve ser repetido para caracterizar uma feira.

Aqui em Santos, os comerciantes do ramo são predominantemente portugueses, o que se nota pelos EREs ao invés de ERREs, pelo cantado das falas, pelo jeito de enrolar as compras no jornal e barbante. Acho lindo. E por isso, o diálogo a seguir (frases ditas e ouvidas ao léu) que registrei na minha visita à feira neste sábado de sol, deve ser lido com pronúncia lusitana. Pode não fazer muito sentido, assim, transcrito, pois as diferentes cenas e assuntos se misturavam numa sinfonia de vozes, brados, cantorias e bate-boca. Mas feira que se preze é assim mesmo.

- Bom dia, princesa!
- Olha a cebola roxa!
- ♫ As andorinhas voltaram...
- E essa menina linda, tão grande, quem é?
- Alho roxo! Alho roxo!
- Tem alho roxo também! É cebola roxa e alho roxo!
- Ah essa aqui eu achei ali na rua e peguei pra mim!
- ...e eu também voltei ♫.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Hoje o dia está bom pra... Feliz Desaniversário!

"Quando acordei hoje de manhã, eu sabia quem eu era, mas acho que já mudei muitas vezes desde então." Lewis Carrol

Ah, Alice... com freqüência esse mesmo pensamento me ocorre. E especialmente no dia do aniversário. A gente dá pra pensar em quantas vezes fomos tantas numa só. E quantas vezes seremos outras tantas? Quem eu era no meu último aniversário? E quem sou a partir de agora? Algo mudou de lá pra cá... me desfiz de alguns colares e chapéus, perdi alguma doçura, queimei algumas fichas em jogos ruins, deixei de crer no que era certo, cansei de alguma paz imposta, ensandeci algumas vezes, fui a mesma de tempos atrás, troquei de sabonete e de repertório com freqüência, apaguei alguns telefones da agenda, me acostumei com o ronco do ar e com o band-aid nos calos. Mas também foram largos os sorrisos, vastos os passos, longas as tardes, castos os abraços, puros os versos e, a culpa, essa foi apenas... vã. Porque, se errar por amor, deus abençoa.
...
E é isso aí.

Bem, mudando de assunto (mas nem tanto assim), esse é meu último ano na casa dos 20! Vê se pode uma coisa dessas... foi assim tão... de repente! É assustador pensar que a partir de agora só tenho um ano pra realizar tudo o que um dia imaginei fazer antes dos 30! E afinal, o que quero fazer antes dos 30??? E, sobretudo, o que preciso fazer antes dos 30? A minha tatuagem, por exemplo, que há anos decidi fazer e ainda não tive coragem... por que mesmo eu ainda não fiz? A minha justificativa – que dou a mim mesma – é digna: quero, antes da definitiva, fazer um teste de henna pra ver como vai ficar. Ok, ok... e por que diabos ainda não fiz nem a de henna? Bom, não tem desculpa.

Então, resolução nº 1 de aniversário: fazer uma tatuagem de henna da próxima vez que eu encontrar um discípulo de Bob Marley na praia oferecendo seus serviços (os não ilícitos, claro!).

Por hora é só. Até porque os 29 chegaram tão de supetão que não tive muito tempo de pensar nas minhas resoluções.

E pra finalizar – porque o melhor sempre vem por último – não queria deixar de registrar que, assim como tenho feito questão nos últimos anos, o meu feliz aniversário vem sendo uma oportunidade de encontrar alguns dos meus grandes e queridos amigos. Esse ano, como não poderia deixar de ser, nesse espírito aí da Alice, festejamos com um chá no País das MARavÍLIAs (a festa é minha e eu chamo como eu quiser!) regado a suco de frutas, clericot, licor, petit-fours, quindins, pães de mel e cupcakes. E o mais gostoso: meus amigos! Obrigada por comparecerem à festa e pela presença na minha vida!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Hoje o dia está bom pra... Mandiopã

Quem lembra?

Hoje, saindo do trabalho sem muito tempo a caminho da manicure, fiz parada numa padaria, a procura de um lanchinho rápido. As prateleiras só me ofereciam aqueles salgadinhos batidos da Elma Chips, nenhuma novidade. Tudo porcaria, fato. Mas era só pra enganar a fome – que era muita. E eis que de repente, não mais que de repente, da prateleira do lado, uma caixinha diferente, um pouco tímida, meio retrô, me xaveca: Mandiopã. Aham, no que pensei: “esse nome me é familiar”. Num insight misturado com o delírio que a fome já estava me causando, lembrei da minha infância e, de um modo bem remoto, aquilo me trouxe boas sensações. E, como o que não mata, engorda, mais que rapidamente passei a mão na caixinha ávida pela minha preferência.

Já no salão, peguei de lado a bolsa e, como quem vai tirar algo proibido ou vergonhoso dali de dentro (ou mesmo apenas como uma fera faminta que não quer dividir a presa), abri a caixinha de Mandiopã, mantendo-a protegida dentro da bolsa. Lá vai um, lá vão dois e até que lá pelo décimo salgadinho eu comecei a achar que 1) ou eu não conhecia Mandiopã ou 2) o chamado da embalagem “quem conhece não esquece seu sabor!!!” era propaganda enganosa. Aquilo ali era bem diferente de qualquer coisa que eu já tivesse provado na vida e o pior de tudo é que era muito ruim. Não é possível – eu pensei – será que esse treco tá no prazo de validade? Até parecia que haviam reembalado os estoques de 1954. Quando virei a caixinha pra dar uma segunda olhada, eu vi escrito, no verso: “fácil de fazer... gostoso de comer” (é, cheio dos slogans, sim - embalagem de gosto duvidoso, bem estilo anos 80!). Bom... se tinha que fazer alguma coisa, eu tinha pulado essa parte. Pois eu só fazia era comer os mandiopãs. E, diga-se de passagem, o apressado come cru.

Enfim, quando percebi minha gafe, primeiro eu olhei pros lados, pra ver se as pessoas em volta me olhavam com cara de “o que essa louca tá fazendo?”, mas pra minha sorte, uma tava entretida com a revista e as outras bem focadas no corte que o cabeleireiro fazia na cliente. Como se nada tivesse acontecido, fechei a caixinha e enfiei de novo pra dentro da bolsa semi-aberta. E fiquei com fome. E com a louca vontade – e eu diria que até necessidade – de chegar logo em casa pra fritar aquele bendito Mandiopã e conferir se de fato “ele voltou e ainda faz crooock!!!” (mais um slogan impresso na caixinha).

Chegando em casa, frigideira, óleo quente, escumadeira e papel absorvente, lá vamos nós! E assim que o óleo começou a estalar na frigideira, fui jogando, aos poucos, os mandiopãs. Aquilo parecia mágica! Em poucos segundos, eles estouravam e se abriam como brancas pétalas de mandioca. E aí, só então nessa hora, é que eu de fato me lembrei do que era o Mandiopã. E, quando meti o primeiro naco na boca, aí sim eu tive certeza de que o troço era muito mais legal do que gostoso. E o mais importante: que tinha que ser criança pra gostar. Mesmo assim eu comi o equivalente a um pote de sorvete cheio – apenas metade do pacote, que foi o que fritei – mas confesso que os últimos eu preferi recusar, assim que percebi que meus lábios passaram a colar um no outro pelo excesso de óleo e goma na qual aquelas pétalas crocantes se transformavam dentro da boca. Ah, é, super saudável e nutritivo... Resultado: curti a nostalgia, mas não matei a fome. Só a vontade de comer. Pelo menos pelas próximas duas décadas!

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Hoje o dia está bom pra... ki-suco com pipoca!

Hoje é dia de pagamento. Isso significa que temos o privilégio de encerrar o expediente às 13h30' e partir pro banco, pagar as contas. Ou pra casa, pra praia, pro médico, supermercado... fica a critério de cada um.
Eu combinei com as meninas do trabalho de irmos juntas pra casa de uma delas e fazer uma tarde de "ki-suco com pipoca". Uma brincadeira antiga nossa, que quer dizer, em outras palavras, "programão pra sexta à noite, coisa de gente desanimada". Mas que no nosso caso, acabou virando motivo real de muita diversão!
Pra começar que não tem nada melhor do que estar perto de quem você gosta e poder rir à vontade, falar bobagem sem censura, assistir filme na TV com mordomia de cinema, mas podendo falar alto, comentar e pausar quando quiser pra ir ali estourar mais uma pipoquinha de panela e preparar mais um ki-suco fresquinho!
E além disso, às vezes faz muito bem dar um desacelerada: esquecer compromisso, trabalho, louça suja na pia, pilha de papel pra organizar, cama por fazer, e tudo o mais que prende a gente num mundinho tão medíocre de ações repetitivas e sem sentido. Essenciais? Sim, concordo. Mas tanto quanto dar uma paradinha pra curtir as coisas simples da vida, numa tarde sensacional de puro prazer e "à toície"!

domingo, 10 de julho de 2011

Hoje o dia está bom pra... uma nova receita de brownie!

É engraçado como a culinária é uma mistura perfeita entre arte e ciência exata. É arte sim, porque requer talento, feeling e inspiração. Mas é também ciência, já que tudo não passa de um conjunto – complexo, diga-se de passagem – de reações químicas.

Eu não posso dizer que domino a faculdade da culinária, mas creio que a minha alma de artista esforçada e meu parco conhecimento de química, juntos, consigam ser capazes de produzir umas receitas até maneirinhas.

Hoje foi um brownie. Cismei que queria-fazer-e-pronto-acabou. Tinha a receita, mas os ingredientes eu só fui verificar que faltavam depois de quebrados os ovos e do leite derramado. O jeito era fazer com o que tinha em casa mesmo... se tava faltando ingrediente, ia ter que sobrar imaginação – e técnica, claro.

Lei de Lavoisier: Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se... copia.


Então confesso que me baseei, sim, numa receita que alguém inventou, antes de mim. Deve funcionar, mas ainda não tive a chance de testar:

- 1 xíc. (chá) de farinha de trigo;
- 2 xíc. (chá) de Nescau;
- 1 xíc. (chá) de açúcar refinado;
- 3 ovos;
- 1 colher (sopa) bem cheia de manteiga;
- 1 xíc. (café) de leite;
- nozes, castanhas e avelãs picadas;
- 1 colher (sopa) de fermento em pó.


Modo de fazer: misturar muito bem a farinha, o Nescau, o açúcar, os ovos e a manteiga. Acrescentar o leite e misturar bem. Adicionar as castanhas picadas e por último o fermento. Assar em forma média retangular, untada e polvilhada com farinha de trigo, a 180 graus, por aproximadamente 30 min.

Modo como eu fiz:
Ok, a minha receita é simples e consiste, basicamente, na técnica da substituição e na arte do bom senso. Mudei só alguns (pequenos) detalhes:

No lugar da farinha de trigo usei a FSG – farinha sem glúten, da Aminna, à base de farinha de arroz, fécula de batata e fécula de mandioca. É uma alternativa sem glúten à farinha de trigo. Nescau não tinha... e vamos combinar que o chocolate em pó do Padre é bem mais gostoso e deixa o brownie bem mais pretinho, então achei uma boa idéia usá-lo pra substituir. Detalhe, eu só tinha suficiente pra encher 1 xícara. Então a segunda xícara de Nescau eu troquei por uma xícara de... ovos de páscoa quebrados (reciclagem, minha gente). Como o ovo de páscoa que eu usei era o Ferrero Rocher, tinha até uns pedacinhos de avelãs que ajudaram a dar mais gostosura ainda pro bolo. Derreti em banho-maria, pra incorporar melhor à massa. Açúcar refinado eu não gosto não... aqui em casa só compro demerara, que é mais saudável. O demerara é um um tipo de açúcar cristal, mas mais escuro porque não sofre processo de branqueamento. Seus valores nutricionais são similares ao do açúcar mascavo. Já o refinado recebe adição de gás sulfídrico e outras substâncias químicas para ficar claro. Nesse processo, o açúcar refinado perde vitaminas e sais minerais. Então, tome demerara! Ovos, eu só tinha dois, e a receita pedia três. Então compensei na manteiga. Ao invés de 1 colher cheia, usei duas. Devo dizer que além de ingredientes, também não possuo certos utensílios de cozinha. Então para 1 xícara (café) eu medi 100 mL de leite (1 colher de leite em pó, diluído em água). Usei castanhas do pará e nozes picadas. Também usei alguns cookies sem glúten, sabor chocolate, quebrados (olha a reciclagem de novo). Por fim, 1 colher de fermento em pó, como manda a receita original (ufa, ao menos isso!)

Assei por meia hora a 180 graus, numa forma de teflon retangular, tamanho médio, sem untar.

Como diria a dona gaúcha da Cantina onde eu almoço: “Ficou ma-ra-vi-lho-so, muuuito saudável e fui EU que fiz!”

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Hoje o dia está bom pra... olhar pra dentro

Até os meus sete anos
A lua era enorme
Branca, branca, branca
E de um brilho sem limites.
Eu era míope e não sabia.
Naquela noite, quando pela primeira vez
Voltei pra casa com um par de óculos na cara
Depois de passar o dia reaprendendo
A ver o mundo
Eu quis ir à janela olhar a lua:
Decepção total.


Mas enfim, acabei me acostumando... até que agora, após 16 anos de lentes de contato, o oftalmologista me recomendou fazer novamente uns óculos, pra dar descanso aos olhos.

Usar óculos, dos sete aos 12 anos, foi uma experiência paradoxal pra mim. Se por um lado eu dependia deles pra saber onde eu estava pisando, por outro, eles me eram uma barreira que impedia ver o que passava por dentro.

A verdade é que pra mim os óculos sempre foram uma espécie de máscara que me aproximava do mundo, enquanto me afastava de mim mesma.

Quando me apresentaram as lentes de contato, um mundo novo se abriu diante dos meus olhos. Agora eu era completa, livre e finalmente podia ser honesta comigo. Eu podia ver, com perfeição, sem necessitar de um estorvo que não se encaixava em mim.

Ao contrário dos óculos rígidos, de lentes duras, de vidro quebradiço e de efeito disforme, as lentes de contato são flexíveis, acompanham os olhos, ampliam o campo de visão e mostram um mundo muito mais interessante. E eu também acabei por me acostumar com isso.

Voltar aos óculos é um tipo de ensaio sobre auto-conhecimento: uma forma de me enxergar imperfeita, limitada, dependente. É aceitar que sou tudo isso, mas que para me ver íntegra, liberta e franca basta mudar o foco. É tudo uma questão de ponto de vista.

Então agora eu me alterno entre as lentes e os óculos, e exercito a aceitação. Pratico a ciência de mim mesma, descubro o que sou, o que quero ser, o que não quero mais. Embora ainda, algumas vezes, eu prefira apenas abrir os olhos, sem lentes, sem óculos... e olhar pra lua.

sábado, 4 de junho de 2011

Hoje o dia está bom pra... Palavras-Chaves

Chamo de Palavras-Chaves aquelas coisas que a gente diz no momento errado e no local inoportuno, principalmente em momentos de silêncio e em locais onde seja impossível disfarçar ou sair de fininho, evitando maiores constrangimentos. Isso lembra alguma coisa? Sim, o Chaves é um mestre nessa arte, e foi nele mesmo que me inspirei pra dar nome aos micos ou gafes que a todo instante gente de todo o mundo solta por aí.

O curioso é que, muitas vezes, as Palavras-Chaves não têm algum significado relevante ou a menor intenção de causar embaraços. São livres de qualquer malícia. Mas o contexto pode tornar um simples comentário, em ocasião infeliz, numa pérola memorável.

Creio que alguns ambientes favoreçam a transformação de palavrinhas inocentes em Palavras-Chaves. Um bom exemplo disso era o ICEX – Instituto de Ciências Exatas – da UFMG, cujo próprio nome já era motivo para piadinhas e trocadilhos por parte dos garotos que só conseguiam “pensar naquilo” (natural, considerando que os universitários sub-20 que freqüentavam o ICEX deviam estar no auge hormonal). De fato, os corredores e salas do ICEX exalavam cheiro de homem, uma mistura de suor e hormônios – mais suor, eu acho, porque às vezes não era um cheiro lá muito bom – isso devido à alta concentração deles: estudantes de engenharia no ciclo básico. E entre eles, havia nós, as meninas, que, mesmo sem querer, chamávamos atenção em meio aos marmanjos ávidos por uma brecha pra emanar suas hi-lá-ri-as piadinhas e trocadilhos... Por isso, todo cuidado era pouco e cada palavra devia ser cuidadosamente medida antes de sair boca afora. Mas... às vezes era inevitável. E não podemos culpar apenas a mente poluída dos garotos. Algumas Palavras-Chaves parecem estar predestinadas à notoriedade.

A seguir, transcrevo algumas das pérolas mais famosas do ICEX:

1) “Qual é mesmo seu nome? Só consigo me lembrar do pinto”
Proferida por: mim
Condições: segundo dia de aula de física experimental, na turma de mecânica, em que eu era o único exemplar feminino do recinto; em voz alta e no exato instante em que todos os meninos tinham calado a boca.
Contexto: o colega ao qual foi direcionada a pergunta era minha dupla de bancada e se chamava “Fulano de Tal da Silva Pinto” e eu precisava de seu nome completo para pôr no relatório da aula.
Desfecho: ninguém riu, tamanho foi o constrangimento, inclusive para os meninos; até que o simpático colega disse seu nome completo em voz alta, dando ênfase no Pinto.

2) “O cabelo de baixo é sempre pior que o de cima”
Proferida por: uma colega que, obviamente, prefere não ser identificada.
Condições: sentadas em roda, no corredor, durante uma partida de buraco, e no exato momento em que um colega saiu da sala e passou por nós.
Contexto: discutíamos efusivamente se os fiozinhos que nascem na nuca, por baixo dos cabelos – aqueles fiozinhos que ficam soltos quando você prende um rabo de cavalo – seriam melhores ou piores que os fios de cima do cabelo, expostos às intempéries.
Desfecho: não chegamos a alguma conclusão; ao perceber a gafe, rimos bastante, juntamos o baralho e voltamos pra aula; o garoto, coitado, até hoje deve se lembrar das meninas insanas que matavam aula pra discutir intimidades em público.

Palavras-Chaves são ditas por aí, a todo momento... você deve se lembrar de alguma!

sábado, 28 de maio de 2011

Hoje o dia está bom pra... o verdadeiro strogonoff

Na época do colégio, as aulas de educação física jamais me despertaram algum interesse, a não ser na 7ª série. Naquele ano, a escola determinou que teríamos aulas nas manhãs de quinta-feira, para não tomar o horário das disciplinas na parte da tarde. E então era assim: a quinta-feira era o dia mais esperado da semana. Mas não se engane, meu interesse tinha início quando a aula de educação física terminava. Depois da inconveniente atividade obrigatória seguíamos ansiosos – meu irmão, na época com 10 anos, e eu – para o Pichita Lanna, restaurante italiano na Savassi que atendia grandes empresários da região, homens de negócios e suas distintas senhoras. E que, nos almoços de quinta-feira, tinha também o privilégio de receber meu irmão e eu – crianças famintas e suadas – que destoávamos um pouco do conjunto, mas sabíamos nos comportar direitinho à mesa, assim como mamãe ensinou.

E foi o Pichita que me apresentou o que até hoje eu tenho como referência de um strogonoff perfeito. Tão perfeito que, enquanto meu irmão semanalmente se revezava em filé à parmegiana, arroz à piemontesa, spaghetti à carbonara, eu nunca experimentei outro prato que não fosse o sagrado strogonoff de filé mignon. Há alguns anos que fui almoçar no Pichita pela última vez (acho que foi em 2006, para me inspirar no dia da prova de seleção do mestrado) mas a qualquer tempo, posso fechar os olhos e consigo sentir o sabor daquele strogonoff, inigualável.

Então, de uns tempos pra cá, passei a perseguir a receita do verdadeiro strogonoff, cuja origem é a culinária russa, adaptada pelos franceses, e perfeitamente executada pelos italianos (Pichita Lanna que o diga!) mas que já foi tão modificada e reinventada pelo mundo afora que é bem difícil encontrar a original. O carioca Chico Junior, que se auto-define como ‘jornalista, viajante e cozinheiro’, conta no seu blog, de forma muito interessante, a história do strogonoff. E dá também algumas receitas.

Bom, eu cozinhei – e experimentei – a maioria das receitas tidas como “verdadeiras” até chegar a uma que mais se aproximasse do meu referencial, embora ainda assim o strogonoff do Pichita permaneça no topo da experiência de um bom strogonoff. Devo dizer que sou cheia de frescura e bem mais radical que o Chico quando o assunto é strogonoff. Não me venha com strogonoff de frango ou com receita que leve molho de tomate ou – a morte – ketchup. Milho e palmito, por favor, use num pastel ou empadão, no meu strogonoff não. Não preciso falar o que penso das azeitonas, né? Ok. Em compensação, acho perfeitamente aceitável usar creme de leite em lata no lugar do creme de leite azedo. Ou mesmo usar champignons em conserva no lugar dos frescos. Afinal, de azeda e fresco já bastam eu e meu strogonoff.

O que percebi é que o mais importante em uma boa receita de strogonoff, além da escolha dos ingredientes, são as dicas que vão junto das instruções. Por isso, a minha receita, que é na verdade um apanhado de outras tantas, vai cheinha de dicas. Bon appetit!

Strogonoff Pichita Lila
- 1 kg de filé mignon
- Páprica doce, sal e pimenta do reino moída na hora, a gosto
- 1 cebola grande
- 4 colheres de manteiga
- ½ xícara de vinho branco
- 1 tablete de caldo de carne dissolvido em 1 ½ xícara de água fervente
- 350 g de champignons inteiros
- 3 latas de creme de leite

Como fazer
O filé deve ser cortado em cubinhos pequenos. Dica: vale a pena procurar um bom açougue. Eu vou a um que mais parece uma boutique de carnes de tão limpo e caprichado que é o atendimento. Os moços me avisam no dia que chegam as peças de filé, fresquinhas, e eu peço pra reservar. Quando eu chego pra buscar eles me mostram o filé pra ver se está do meu gosto, limpam, pesam e picam em cubinhos de exatos 1,5 cm. E ainda empacotam em saquinhos separados o excedente do que vou utilizar na receita, etiquetando com o peso, pra eu poder congelar e usar em outra ocasião. O kg do filé nem é tão mais caro que nos outros lugares. O que eu pago a mais compensa pelo serviço de primeira.

Tempere a carne com o sal, a pimenta e a páprica. Misture bem para incorporar à carne os temperos. Dica: sal e pimenta são essenciais, mas são perigosos e podem comprometer a receita. Use com moderação. Em caso de dúvida, não peque pelo excesso, use menos nesta fase e deixe para acertar o tempero no final. Não esqueça que ainda vamos usar caldo de carne que já é bem salgado. Se você nem faz idéia do quanto usar de temperos, comece com 1 colher de chá de sal, 1 colher de cafezinho de pimenta e 3 colheres de chá de páprica.

Derreta duas colheres de manteiga em uma frigideira grande e vá fritando a carne, aos poucos, em fogo alto, sem deixar juntar suco. Dica: a carne deve fritar e não cozinhar! O filé, se cozido, perde a água e fica duro. Para não juntar suco, frite aos poucos os cubinhos por no máximo 3 minutos em fogo alto e vá retirando a carne à medida que for fritando. Reserve a carne, à parte, e utilize a panela “suja” para a próxima etapa.

Coloque na frigideira a manteiga restante e doure a cebola, até que fique bem macia e transparente. Dica: a cebola deve ser ralada ou picada bem fininha, quase invisível. Ela é a base do caldo, dá sabor e encorpa. Adicione o vinho e o caldo de carne. Deixe ferver e evaporar um pouco, para engrossar. O caldo deve reduzir até ficar espesso, quase um creme.

Se for usar champignons em conserva, drene todo o líquido antes de usá-los. No caso de champignons frescos, é preciso dar uma fervura para amaciá-los um pouco. Corte os champignons em quatro partes e adicione ao caldo, juntamente com a carne.

Em seguida incorpore delicadamente o creme de leite sem soro, aos poucos, e em quantidade suficiente. Dica: para retirar o soro do creme de leite, deixe a lata na geladeira por 4 horas. Em seguida, vire a lata, faça dois furos no fundo e escorra o soro. O ideal mesmo é que se use o creme de leite fresco, mas se não for possível, é importante dar preferência para o creme de leite em lata, pois o sabor e a textura são completamente diferentes do creme de leite em caixinha. Eu uso sempre duas lata inteiras e a terceira vou adicionando aos poucos, até chegar no ponto, mais ou menos cremoso, conforme o gosto do freguês. Para quem gosta de um molho menos espesso, aconselho ao invés de uma terceira lata de creme de leite, acertar a textura com o creme de leite em caixinha, que é menos encorpado e de sabor mais suave.

Verifique o sal e acerte o tempero, se necessário. Retire do fogo antes de ferver. Sirva a seguir, com arroz branco e batata palha. Dica: até a batata palha é importante! Nada substitui uma batata palha feita em casa, frita na hora e bem sequinha. Mas como é muito complicado fazer uma boa batata palha (mais difícil que o próprio strogonoff, eu diria), uso sempre a batata da Yoki – Premium Extra Fina, da embalagem dourada. Faz toooda a diferença. Experimente e nunca mais você aceitará outra batata palha pra acompanhar um strogonoff tão especial.

Rendimento: 6 a 8 pessoas, dependendo da fome - e da vontade de comer.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Hoje o dia está bom pra... cultivar meu amor pelas plantas (embora a recíproca não seja verdadeira...)

Adoro plantas! Mas acho que elas não gostam muito de mim... Pelo menos é o que parece... Eu me esforço, dou cuidado, carinho e até converso com elas (dizem que é bom, né?), mas no fim elas sempre morrem. Houve uma época que eu só tinha cactos. Eles são mais fáceis de cuidar e pouco exigentes. Você pode se esquecer de regar uns dias que eles nem notam. Sim, às vezes eu esqueço mesmo... Mas sinceramente não sei se meu erro é a falta ou excesso de zelo – porque já matei algumas plantas afogadas de tanta rega –, se é o tipo de terra que uso, se é o lugar da casa em que deixo (feng shui), se é por muita ou por pouca luz, por sol demais ou de menos. O fato é que cuidar de plantas não é o meu forte. E quanta falta faz uma planta verdinha em casa, né?

Bom, com as plantas que eu tenho (ou já tive) aqui em casa, aprendi algumas coisas:

1º) As flores de plástico não morrem. Flores são para os bons. Requer um nível avançado de jeito, coisa que não levo. Pra mim, só as de tecido ou de plástico mesmo. Ou, como têm se vendido por aí, flores “permanentes”, vê se pode!?

2º) Quando a planta quer, ela vive. Eu tenho algumas provas vivas de persistência aqui em casa. Logo que me mudei, comprei umas plantinhas: todas morreram (pois é, não era dessas que eu tava falando...); da segunda leva de plantas, a maioria morreu, mas duas plantinhas sobreviveram. Uma suculenta – que pra conseguir matar é difícil, né? – e uma kalanchoe, que não dá flor, mas tá vivinha da silva. Essas duas já agüentaram 20 dias sem rega, quando viajei de férias. Já agüentaram minhas mudanças de decoração, pulando de um cômodo pra outro da casa. E até já agüentaram mudanças de terra e vaso. Porque cismei que elas enjoam de ficar sempre plantadas no mesmo lugar. Por algum motivo, elas insistem em sobreviver.

3º) Plantas dadas vivem mais e melhor. As plantas que ganhei permanecem vivas e bonitas. A primeira foi um bambu da sorte, que na verdade não é bambu, mas uma dracena. Seja lá o que isso for. Meu bambuzinho gosta de luz, mas não suporta sol direto. E vive só à base de água, mas tem que ser água mineral, pois a água da Sabesp tem cloro. Sim senhor, cheio de frescurinhas, mas compensa, porque ele tá sempre lindo e vive me alegrando com seus novos brotinhos. Ganhei também um planto no meu último aniversário! É o macho da casa (veja foto no fim deste post). Ele se chama Paco Gikovate, é um Pacová muito bonito e de ótimo temperamento. Tá sempre verdinho e radiante. Ele quase não me dá trabalho. Veio num lindo vaso cúbico de vidro, preenchido com cavacos que passaram por tratamento anti-cupim. Coisa chique, bem. Foi me recomendado regar o Paco a cada três dias. Eu levei a sério e até fiz um calendário de rega pra ele, pra todo o ano 2011, onde eu ia riscando cada dia pra não perder as contas. Mas depois de um tempo percebi que ele não gosta muito de regras, prefere assim, umas regas esporádicas. Eu não ouso contrariar...

4º) Il pomodoro è mobile qual piuma al vento. Pé de tomate nasce mais fácil que feijão no algodão molhado. Mas morre num piscar de olhos, de um dia pro outro. Ou mesmo na sua frente. Já presenciei alguns suicídios em que ... pufff... o pezinho de tomate tava em pé e de repente caiu, do nada, e não levantou nunca mais.Tive um que cresceu 35 cm antes de se jogar do vasinho... Outra vez passei um feriadão fora e quando voltei pra casa havia seis novos pezinhos, que sequer foram plantados. Quiseram nascer e pronto. Muito temperamentais esses tomates...

Enfim, só tenho a dizer que as plantas são mesmo seres vivos. Só nunca contaram pra gente que elas têm vontade própria.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Hoje o dia está bom pra... futilidades inevitáveis!

Mais uma vez estou em pânico: passava eu por uma fase tranqüila no vai-e-vem de humor típico do universo feminino, usando o corretivo facial da linha Natura Candeia que a Mi descobriu - e que vinha sendo a minha salvação, pois foi o que melhor substituiu o meu corretivo top perfect #1 (vocês sabem, aquele da linha Natura Unica que até me faz chorar e pelo qual tenho verdadeiros ataques histéricos quando penso que saiu de linha sem mais nem menos) - pois bem... agora o Candeia também me deixou na mão. A Natura tirou de linha e não lançou nada similar no lugar. Desespero para usuárias aflitas que como eu, vêem seus corretivos chegando ao fim sem nada poder fazer e já suam frio só de pensar na crise de abstinência pela qual precisamos passar até encontrar um novo substituto pro nosso vício...

Nessas horas você passa a economizar cada mL da preciosa emulsão... começa a pensar que para ir à padaria domingo de manhã não é tão fundamental assim; é também dispensável para a praia, posto que no primeiro retoque de protetor solar a maquiagem já era! - na ocasião, um par de óculos escuros do tipo máscara panorâmica ajuda a disfarçar, nem que seja para não te reconhecerem por aí. Se for receber alguém em casa, deixa a penumbra da meia luz, não para criar um clima aconchegante, só mesmo para poupar o seu corretivo facial. E por aí vai... mas não basta apenas prevenir. Uma hora o corretivo acaba sem dó nem piedade, e é preciso remediar!

Bom, tão logo eu soube da trágica notícia, fiz como da outra vez, pois a gente acaba ficando escolada: antes de me desesperar, perguntei a todas as pessoas que vendem Natura que conheço se ainda têm um exemplar em estoque... unzinho que seja, nem precisa ser o tom exato da minha pele. Aguardo um "sim" como quem espera o telefone tocar, o ponteiro girar, a porta abrir, a plantinha brotar, enfim... Já avisei às amigas que compartilham do mesmo mal que se eu achar mais de um corretivo desse sobrando por aí eu rifo. Até agora são 40 bilhetes reservados. E já tem fila de espera...

Bom, para quem não tem limite de gastos, já fiz uma pesquisa completa no mercado nacional e internacional e o mais próximo do perfeito que eu achei, e que ainda assim não chega aos pés do Natura Unica, é um da Dior que custou uma bagatela de 150 reais há alguns anos (detalhe - conteúdo da embalagem: 6 mL). É bom! Eu acho que vale a pena, foi um bom investimento para mim... apesar da dorzinha quando penso que o meu preferido custava pouco mais de 20 conto...

Ó vida.... porque esses insensatos não pensam na dependência psicológica que nós meninas, mulheres e senhoras de qualquer idade criamos por esses benditos (ou malditos) itens básicos de maquiagem diária?... É mesmo uma falta de humanidade. Fica aqui meu protesto. Não tentem me consolar.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Hoje o dia está bom pra... conhecer Mario Benedetti

E não por acaso me apaixonar. E não por acaso me deparar - hoje - com o poema que transcrevo a seguir:


Como sempre

“Mesmo que hoje completes
trezentos e trinta e seis meses
a matusalênica idade não se nota quando
na hora em que vencem os cruéis
começas a investigar a alegria do mundo
e muito menos ainda se nota
quando voas gaivotamente sobre as fobias
ou desmontas os intrincados rancores

boa idade para mudar estatutos e horóscopos
para que teu manancial emane amor sem miséria
para que enfrentes o espelho que cobra
e penses que estás linda
e estejas linda

quase não vale a pena desejar-te felicidades
e lealdades
já que vão te rodear como anjos ou veleiros

é óbvio e compreensível
que as maçãs e os jasmins
e os guardadores de carros e os ciclistas
e as filhas dos favelados
e os filhotes extraviados
e as joaninhas
e as caixas de fósforo
te considerem uma dos seus

de modo que desejar-te feliz aniversário
poderia ser injusto com teus felizes
diaversários

lembra-te desta lei da tua vida

se há algum tempo foste desgraçada
isso também ajuda a que hoje se afirme
tua bem-aventurança

de qualquer maneira para ti não é novidade
que o mundo
e eu
te queremos de verdade

mas eu sempre um pouquinho mais que o mundo.”


P.S.: E que velhinho mais lindo...

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Hoje o dia está bom pra... dourar a pílula!

Quando acordei de manhã com o apito chato do despertador, o que eu ouvia mesmo, ecoando na minha cabeça, era uma voz masculina, desconhecida (provavelmente um mero personagem de mais um dos meus sonhos bizarros) dizendo assim pra mim: "E quem é que vai dourar essa pílula?". Achou sem sentido? Eu também. Principalmente assim, sem contexto - o susto do alarme me fez esquecer toda e qualquer parte do enredo do sonho. Enfim, levantei da cama repetindo "Quem é que vai dourar essa pílula" e assim fiquei por alguns minutos, repetindo e repetindo... O fato é que esta frase me deixou intrigada o dia todo! Até que na hora do almoço não resisti e entrei na fonte de todas as respostas para todos os questionamentos de todos os mundos - o google - e digitei lá: "dourar a pílula". De onde afinal veio essa bendita expressão, hein? E descobri que tem a ver com o fato de que, na antigüidade, os boticários embrulhavam os remedinhos de sabor horroroso que preparavam em papéis lindos e finos, cheios de requinte, pra melhorar a aparência dos medicamentos. Só assim pro enfermo ter coragem de tomar o xarope! Ou, ao pé da letra, pra fazer alguém engolir uma droga qualquer, o jeito é pintar de ouro...

E uma coisa puxa a outra. Quase que imediatamente me vieram muitíssimas outras expressões do dia-a-dia que a gente bota pra fora da boca sem nem pensar de onde saíram. Uma delas (tenho um amigo no trabalho que repete essa bastante) é a famosa "levantar a lebre". Sempre que tocamos num assunto qualquer que pode gerar discussão, ele solta: "Eu é que não vou levantar essa lebre!" e sai andando sem olhar pra trás, do tipo "me inclua fora dessa"... Mas essa é bem fácil de imaginar de onde veio! Fecha os olhos e realiza a seguinte cena: Dia de caça... os homens todos no mato atrás da tal da lebre... até que o desavisado se depara com o bichinho cheirando seu pé. Um lindo coelhinho! - ele pensa. Aí, num ato de total falta de noção, o indiscreto levanta a lebre, todo feliz, e grita: "Aqui, pessoal!" Pronto!!! Esse levou tiro na certa!

Agora, tem umas expressões que eu quebro a cabeça mas não consigo imaginar. Tipo "dar sopa". Eu mesma uso muito: "O porteiro tava dando sopa na frente do prédio aí eu pedi pra ele me ajudar a carregar as compras". Eu não entendo como alguém pode estar dando sopa e ao mesmo tempo estar disponível pra quebrar seu galho. Até porque quebrar um galho pode ser uma mão na roda. E digamos que de repente o sujeito que tava te dando uma mãozinha resolva dar uma de João sem braço e te deixe na mão. Bom, se na mão que sobrou você estiver com a faca e o queijo, então não precisa de mais ninguém. Leva as compras sozinho e vai-se embora pra casa!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Hoje o dia está bom pra... lasanha de beringela!

Hmmmmmm... essa receita eu faço questão de compartilhar! Embora eu acredite que você, leitor, não sendo celíaco como eu, vá preferir a tradicional lasanha de massa repleta do mais puro glúten, vai aí uma opção pra variar o cardápio: uma versão light da lasanha, deliciosa, que não fica devendo em nada à original.
Pesquisei bastante (e testei várias receitas) até chegar ao melhor modo de fazer. É muito fácil. Vamos lá!

Você vai precisar de:
- 2 beringelas de tamanho médio (atenção na hora de escolher: devem estar bem lisinhas, brilhantes e firmes! As beringelas mais finas têm menos sementes);
- 350 gramas de molho de tomate temperado (pode-se usar um sachet de molho pronto: tarantella, pomarolla, salsaretti, etc.);
- 250 gramas de queijo mussarela fatiado;
- 250 gramas de presunto em fatias finas.

Modo de fazer:
- lavar bem as beringelas e fatiá-las finamente no sentido do comprimento, com a casca (a casca deixa as fatias de beringela mais firmes e saborosas);
- deixar as beringelas fatiadas de molho numa bacia com água e sal por 10 minutos (1 colher de sopa de sal para 1 litro de água: o sal ajuda a retirar o excesso de líquido da berinjela, concentrando seu sabor e evitando o amargo);
- escorrer as fatias de beringela e secá-las com um pano de prato limpo ou papel toalha;
- grelhar rapidamente as fatias de beringela dos dois lados, numa frigideira de teflon bem quente, apenas para dar uma leve tostada;
- montar a lasanha: começar com o molho no fundo do refratário, seguido de uma camada de beringela, uma camada de presunto e por fim uma camada de queijo. Repetir a seqüência de camadas, sempre nesta ordem até finalizar com uma camada de mussarela.
- assar em forno médio (180°C) pré-aquecido, por 15 minutos.

Para congelar:
Monte a receita em descartável de alumínio. Resfrie ao sair do forno e depois de fria, feche, etiquete e leve ao freezer ou duplex por até 3 meses. Para descongelar, retire do freezer e leve ao forno médio (180°C), coberta com papel de alumínio por aproximadamente 20 minutos. Retire o papel e deixe esquentar bem. Se preferir, deixe 2 horas em temperatura ambiente e leve ao forno, sem cobrir.

Fica bom demais!!!

sábado, 19 de junho de 2010

Hoje o dia está bom pra... cantar o amor

Saiu na primeira página do jornal: Hoje Chico Buarque faz 66 anos. E isso me faz pensar...

Quando me apaixonei por ele, eu era uma menina de 14 que não sabia nada sobre o amor. Hoje - quase outros 14 anos depois - não sou mais uma menina, embora continue sem entender o amor e, inevitavelmente, apaixonada pelo Chico. Durante os anos que se passaram, suas letras e suas músicas fizeram parte da minha vida. E, pensando bem, acho que desde que conheci o Chico, não houve um dia sequer que ele não passasse pela minha cabeça, saísse pela minha boca, entrasse pelos meus ouvidos ou invadisse o meu coração.

Os mais românticos podem até dizer: taí o que é o amor! É, talvez... Mas hoje penso que amor não é só isso, não é não. Amor pode ser simples assim, unilateral, platônico, sem dor. Mas pode também ser louco, torto e inexplicável. Pode ser tranqüilo, edificante, puro. E pode ser doentio, ou inquieto, ou fugaz. Pode ser pra sempre e pode ser pra hoje! Amor pode virar amizade e vice-versa. O amor pode se transformar, diminuir ou aumentar; pode mudar de foco, pode mudar de linha. Pode ser exclusivo, pessoal e intrasferível (ou não). Seja forte ou seja frágil, não deixa de ser amor. Obscuro, obsceno, obsoleto, obsessivo, obstinado, obstante. Cada um é cada um, e cada amor é único. Por mais que a gente ame, cada amor é novo, o que se aprende do amor passado não se aplica ao próximo. Existem amores possíveis e impossíveis. Amores simultâneos, simulados, simbólicos, simbióticos, simplórios, simpatizantes. Amor pode ser tudo. Pode não ser nada, também: antes de casar sara.

Eu não sei cantar o amor como o Chico faz. Mas a regra mais importante que aprendi sobre o amor (e essa eu aprendi com a vida) é a seguinte: não há regras.

sábado, 29 de maio de 2010

Hoje o dia está bom pra... ir ao show do Aerosmith!

Podem morrer de inveja, eu fui!!!
E foi mesmo tudo aquilo que era pra ser! Um mega show! É realmente muuuuuuito diferente de assitir aos caras na TV ou ouvir no rádio... Nada se compara a vê-los de pertinho, sentir a vibração das caixas de som, e isso tudo no meio de um estádio cheio de gente tão empolgada quanto você, cantando e gritando a cada movimento feito pela banda, cada movimento que é único e específico daquele momento e que não se repete como num clipe a que você assiste 500 vezes. É aquilo. Se você viu, viu. Se não viu, perdeu, nunca mais!
E olha que eu nem posso ser classificada como "fã" propriamente dita do Aerosmith. Não tenho nenhum álbum, CD nem DVD, não tenho camiseta, nem conheço a metade da discografia. Gosto muito de algumas músicas, e só! Mas foi o suficiente pra achar o show demais! Ouvi e vi tudo que eu queria. Tá, pra não dizer que foi perfeito, faltou I Don't Wanna Miss A Thing, que sinceramente não entendi porque não foi incluída na set list, mas ok...
Agora, saindo um pouco do mérito da banda, das músicas e tal, tem uma coisa interessante que eu queria comentar. Não que eu nunca tivesse reparado nisso, mas olhando de perto você se assusta um pouco. É o seguinte: quem já parou pra pensar que o Steven Tyler consegue ser um charme só e atrair tantos olhares de desejo, admiração e eu diria até que provocar quase que um estado de catatonia se você fica olhando muito pra ele... acontece que analisando friamente (tipo, esquece que é ele) o que resta? No show houve um momento em que parei e reparei. Friamente. Vi um senhor de 62 anos, com uma "beleza" (há controvérsias) andrógina, que poderia perfeitamente ser um irmão gêmeo separado no nascimento da Baby do Brasil, trajando uma calça zebrada colante e um sobretudo de paetês cor-de-rosa brilhante. Que outro homem no mundo com esse aspecto não pareceria ridículo ou, no mínimo, seria confundido com aquela sua tia sem noção? Com essa descrição, você poderia pensar num cara sexy? Mas ele... ele é... ele pode!
E não quero entrar em detalhes nem discutir sobre o porquê. Carisma, talento, atitude? Sei lá. Mas me veio à cabeça (e não deve ser coincidência) que sua filha, a atriz Liv Tyler, seja a mulher mais linda do mundo. Eu pelo menos acho. Então, vai ver que o charme é uma espécie de componente cabalístico encontrado nos genes da família Tyler. Vai saber?!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Hoje o dia está bom pra... colecionar figurinhas!

Álbuns de figurinhas são mais uma das minhas coisas favoritas! E desde que eu voltei a colecioná-los, virou vício. É, porque todo mundo na infância já teve aquele álbum que começou e não terminou, um que o coleguinha da escola rasgou ou aquele que você só juntava as figurinhas pra poder jogar bafo com o vizinho. Eu me lembro de alguns dos que tive, e sempre com muita nostalgia:
- "A História da Turma da Mônica" (1986), lançado em comemoração aos 30 anos... e hoje em dia a turma já tem 50;
- "Xou da Xuxa" (1987), que eu ganhei já com algumas figurinhas coladas e, tipo, fora de linha, nem tinha mais nas bancas pra vender;
- "O Mundo de Teddy Ruxpin" (1989), inspirado num ursinho de pelúcia que falava e virou desenho na TV;
- "Ídolos do Cinema" (1990), histórico, da época em que Brad Pitt ainda nem tinha fama, Michael J. Fox ainda nem tinha Parkinson e Mickey Rourke ainda nem tinha virado monstro;
- "Chaves e Chapolim" (1990), cuja versão desenhada dos personagens não se parecia muito com a original, mas quem se importava?...
Além desses, houve os que eu colecionava por tabela com meus irmãos: "O Rei Leão" (1994), "Campeonato Brasileiro"(1997, 1998, 1999), entre outros.
Em todas as coleções, um ponto em comum: a frustração de nunca conseguir completá-las...
Mas agora é diferente! Já completei 4 álbuns, sendo que no primeiro deles até a promoção do cupom com a melhor resposta eu ganhei! O prêmio? Um MP3 Player do Mickey, o sonho de toda criança, né?!
Depois de "100 Anos de Magia Disney", "Ratatouille", "Minhas Princesas" e "Princesas Sonhos Dourados", estou colecionando "A Princesa e o Sapo" e minha mais última aquisição é "O Mundo Encantado das Princesas"! Super gracinha!

sábado, 22 de maio de 2010

Hoje o dia está bom pra... ir à praia!

A vida na Baixada pode ser surpreendente! Até então eu não tinha noção do quão perto estava do paraíso, mas depois que conheci as praias de São Pedro, Iporanga e a praia das Conchas, me senti um tanto privilegiada por estar ao lado de paisagens tão lindas, e que eu nem imaginava que houvesse no litoral paulista.
Essas praias ficam no Guarujá e são mais reservadas - quase escondidas - com visitação limitada, e livres de farofeiros, barraquinhas, vendedores de bugigangas e tudo o mais que esse conjunto implica: lá você não vê lixo na areia nem na água, não tem som alto e de mau gosto, não encontra falta de educação e nem de espaço pra se esticar.
É um lugar perfeito pra quem quer relaxar ou praticar esportes, aproveitando o sol e a natureza bem ao natural mesmo. Uma delícia!
Hoje, São Pedro estava para os surfistas, o mar muito agitado e com correnteza forte (quase levei um caldo quando tentei entrar na água!)... Na praia das Conchas, logo na chegada deu pra entender o motivo do nome: tem uma faixa de areia coberta de conchinhas coloridas e trituradas que são trazidas pelo mar. Iporanga já tem um mar bem mais calminho, e no fim da tarde, as gaivotas gostam de tomar banho na água que a essa altura já está bem gelada!
Vale a pena conhecer e passar um dia inteirinho, a gente volta renovada pra começar uma nova semana!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Hoje o dia está bom pra... começar a mastigar o milho

Ok, pessoal, vamos combinar um coisa a partir de agora: todo mundo quando comer milho vai prestar atenção direitinho se mastigou o suficiente. Suficiente pra que eu, durante o meu dia-a-dia no trabalho, não seja obrigada a constatar que milho é o principal resíduo sólido que fica retido nas peneiras das estações de tratamento de esgoto. Pois é! Saibam que os milhos chegam inteirinhos, amarelinhos e exatamente como você tirou de dentro da lata na hora de preparar a sua salada, strogonoff ou empadão de frango. E só tem uma explicação pra isso: as pessoas não mastigam o milho! Engolem o grãozinho inteiro, e assim mesmo ele sai do seu corpo, resistindo intacto até as peneiras da ETE. Impressionante, não?
Isso acontece porque o grão do milho é revestido de celulose e nosso organismo não é capaz de digeri-la, a não ser que a gente, durante a mastigação, triture o revestimento pra liberar o conteúdo do milho, que é o que efetivamente nos fornece nutrientes. Se isso não acontece, o milho passa direto pelo sistema digestivo e seu consumo não serve pra nada. Puro desperdício!
Quando eu era criança, criávamos galinhas em casa e vez em quando eu ajudava meu pai a prepará-las para o almoço. Quem já passou por essa experiência provavelmente já se deparou com uma moela recém tirada de galinha. Dentro da moela há um monte de pequenas pedrinhas que a galinha engole junto do milho, enquanto cisca. Isso porque, já que as galinhas não têm dentes, o milho acaba sendo triturado na moela, pela ação mecânica do atrito entre os pedriscos e os grãos.
Não estou sugerindo que passemos a engolir pedras para triturar o milho, como as pobres das galinhas! Nós temos dentes! É muito mais simples, basta mastigá-lo. Então, a partir de agora, vamos todos aderir e divulgar a campanha: "MASTIGUE O MILHO!"

domingo, 25 de abril de 2010

Hoje o dia está bom pra... montar quebra-cabeça!

Na verdade, quase todo dia é um bom dia pra isso, afinal é um dos meus passatempos preferidos. Mas então, da última vez que estive em BH, terminei um quebra-cabeça que já estava quase pronto, mas que tinha ficado abandonado quando fui pra Porto Alegre.
É um Klimt, importado, maravilhoso, e muito trabalhoso também! Impressionante quantas estampas e texturas diferentes numa só imagem... Agora realiza isso num quebra-cabeça! Foi difícil, mas delicioso! E ficou lindo!!!
Um pouco sobre o estilo de Gustav Klimt: As mulheres sempre inspiraram Klimt em suas obras, e por isso mesmo, temas femininos são recorrentes em todas as suas telas, onde elas aparecem como personagens únicas ou são protagonistas, sempre num papel misto de delicadeza e força, cobertas de mosaicos e sensualidade. Mas em "O Beijo" Klimt aparece para dividir a cena com sua amante, Emilie Floge. É uma obra sensível e erótica. E, ao estilo Klimt, cheia de cores, detalhes e encantos.
Não podia dar em outra: "O Beijo" apresenta todas as características para se tornar um ótimo motivo de quebra-cabeça. A imagem abaixo é uma foto do meu, após montado. O próximo passo será colar e enquadrar. E em breve ele estará enfeitando a minha parede!

sábado, 24 de abril de 2010

Hoje o dia está bom pra... retomar o blog!

É uma boa idéia, não?
Então a partir de hoje estou de volta...
E sim, desde o último post, claro que todos os dias estiveram bom pra alguma coisa! Mas por falta de tempo ou internet, não pude postar as novidades. Tudo que for possível vai ser resgatado da memória, esse é o combinado!
A quem continuou visitando o blog assiduamente, mesmo depois do meu chá de sumiço, agradeço a insistência! Vocês serão recompensados com uma penca de novos posts.
Ao meu mais fiel e persistente seguidor, vai um recadinho, e nesse contexto, nada mais apropriado do que "Memórias, Crônicas e Declarações de Amor":

"Eu só quero que você saiba
Que estou pensando em você
Agora e sempre mais
Eu só quero que você ouça
A canção que eu fiz pra dizer
Que eu te adoro cada vez mais
E que eu te quero sempre em paz

Tô com sintomas de saudade
Tô pensando em você
E como eu te quero tanto bem
Aonde for não quero dor
Eu tomo conta de você
Mas te quero livre também
Como o tempo vai e o vento vem

Eu só quero que você caiba
No meu colo
Porque eu te adoro cada vez mais
Eu só quero que você siga
Para onde quiser
Que eu não vou ficar muito atrás"

A Sua

P.S.: Eu te amo!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Hoje o dia está bom pra... as curvas da estrada de Santos

E haja curva! A poltrona 35 no corredor me pareceu uma ótima escolha, simplesmente pelo fato de que não havia ninguém ao lado. Melhor ainda, quando descobri que estava quebrada. Não inclinava o encosto e o cinto estava solto do assento. Ótima desculpa para que eu fosse obrigada a ocupar a poltrona da janela e garantir que ninguém mais que embarcasse no meio do trajeto se sentasse ao meu lado. Assim, eu tinha não uma, mas duas poltronas para me esticar durante a viagem... Porém, eu subestimei o fato de que no fundo do ônibus, lá está: o banheiro. Sim, um cubículo capaz de feder mais que o próprio banheiro de rodoviária. E que, para meu desespero, também estava com defeito. A porta não fechava, deixando uma nesga de luz e odor vazar diretamente na minha direção. Desagradável. Mas tudo bem... O problema na porta até poderia ser ignorado, se além disso não fosse motivo para que, freqüentemente, senhoras gordas despencassem seminuas para fora do compartimento fedorento, a cada curva da estrada de Santos. Ainda assim, eu sobrevivi!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Hoje o dia esta bom pra... ouvir Vera Loca

Conheci os meninos da Vera Loca há pouco mais de 5 anos, numa reportagem que assisti na TV sobre jovens músicos e suas bandas promissoras. O rock gaúcho dos "guris" de Santa Maria me agradou de cara! Fui logo atrás das músicas e acabei mantendo um contato muito legal com alguns dos meninos, até ter a oportunidade de conhecê-los pessoalmente num show em Porto Alegre. O tal show não só carimbou meu bilhete de tiete da banda como também foi palco para o início da minha estória com meu grande amor. Por essas e outras, a Vera tem algumas faixas garantidas na trilha sonora da minha vida. Os caras são mesmo muito bons! Depois do primeiro disco, veio o segundo, o terceiro, e a cada lançamento eles se superam, embora seja difícil pra mim classificar as músicas em uma ordem de preferência. O último clipe deles está demais, eu não me canso de assistir e repetir! Pra quem gostou, vale a pena dar uma conferida no site oficial também!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Hoje o dia está bom pra... fazer pátina nos móveis

Comecei pelos banquinhos da cozinha. São peças pequenas e se não desse certo era só lixar e voltavam ao que era antes! Vi várias técnicas antes de começar, comprei o material e... mãos à obra!
A idéia era lixá-los com uma lixa grossa, antes de tudo, para que a madeira ficasse bem carrasquenta e aparecesse irregular no fundo, depois que eu passasse a camada de tinta. Mas não funcionou bem assim. Quanto mais eu lixava, mais lisinha ficava a madeira. Eu queria um efeito mais rústico, então larguei a lixa pra lá e passei logo a camada de tinta branca por cima da madeira, com todas as suas imperfeições naturais. Usei tinta branca de parede. Apenas uma demão, sempre no mesmo sentido. Ficou uma camada rala de tinta, sem encobrir a madeira. Depois de seco, passei uma lixa grossa, respeitando o sentido da aplicação da tinta. Um paninho seco para tirar o pó e por fim, cera líquida com silicone em toda a superfície.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Hoje o dia está bom pra... organizar meus estudos

Tenho duas provas pra fazer em março e meus planos incluíam 3 horas diárias de estudo para cobrir todo o programa.
Com mudanças no percurso, estou reprogramando minha agenda.
Bom, nada que 18 horas de viagem não dêem jeito! Meu caderno de resumos será uma ótima companhia no trajeto Porto Alegre - Florianópolis - Itajaí - Joinville - Curitiba - Santos.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Hoje o dia está bom pra... 5 anos de namoro!

Sábado, dia de dormir até tarde...
Mas dessa vez acordamos cedo pra aproveitar bem o nosso dia!
Teve de tudo um pouco:
- mate pela manhã
- cinema à tarde
- sushi à noite
- champagne madrugada afora
- ok, sem mais detalhes...

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Hoje o dia está bom pra... receber um telegrama!

Sim, depois de tanta espera, depois de fazer tantos planos, desfazer uns outros tantos, depois de até mesmo parar de esperar, recebi o telegrama de SP!
Das quatro vagas, abriram duas. Detalhe: ambas para o litoral! E eu tenho prioridade para escolher.
Portanto, meu carnaval será de arrumação de malas. Na quinta-feira devo estar em Santos para apresentar meus documentos. Daí vou aproveitar e conhecer a cidade, dar uma olhada no local de trabalho e então decidir... pois ainda tenho a opção de esperar por uma vaga na capital.
Ó, dúvida cruel!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O título

A idéia veio de um desenho animado da TV Cultura que eu (e provavelmente, só eu) assistia quando criança. Nem lembro o nome... pra falar a verdade eu não me lembro de quase nada sobre o desenho! Mas me lembro perfeitamente da música de abertura, que sempre terminava em "Hoje o dia está bom pra..." e a cada dia a frase se completava de uma forma diferente. E no meu episódio preferido o dia estava bom pra ficar de cabeça pra baixo!

É, bem sem pé nem cabeça mesmo, mas acho que soa bem! E pode dizer tantas coisas, só depende do ponto de vista. Como o objetivo aqui é contar causos e cousas do dia-a-dia, "Hoje o dia está bom pra..." é uma ótima forma de começar um post! E é assim que será!

Por que este blog?

Muitas foram as motivações para que eu iniciasse um blog! E faço questão de citá-las aqui, afinal, é sempre bom lembrar o que nos inspira. A idéia foi surgindo de uma forma muito natural: de repente tudo em volta me pareceu muito sugestivo. Começou assim...

- Xoxa e os sabores do mundo - tá, o nome é estranho, mas a estória é muito legal. Uma brasileira casada com um piloto de avião, que foi morar na Arábia Saudita por conta do trabalho do marido, apareceu por esses tempos aqui em Porto Alegre pra fazer um curso de cerveja artesanal. Sua presença na turma despertou a curiosidade dos colegas de classe. Justificativa: lá é proibida a venda de bebidas alcoólicas e portanto, pra garantirem sua dose de alegria, o casal comprava cerveja - sem álcool - e refermentava em casa. Daí que numa oportunidade de vir pra cá ela aproveitou pra fazer o curso. O que isso tem a ver com meu blog? Nada! Mas achei a estória dela fantástica e qual não foi a minha surpresa ao descobrir que ela tem um blog, em que conta suas aventuras ao redor do mundo, provando um pouco de cada lugar!

- Tutti Bella Artigianato - o nome já diz tudo! Esse é o blog da minha belíssima amiga Bebela, que além de talentosíssima e inspiradíssima, é dotada de boníssimo gosto. Ela faz peças artesanais delicadíssimas e posta no blog as fotos do seu trabalho lindíssimo, bem como as motivações para a criação de cada peça. Dá vontade de levar tudo pra casa!

- Meu amigo Moisés - não, isso não é um nome de blog. Moisés é um amigo muito querido que, lendo um dos meus e-mails quilométricos, sugeriu que eu publicasse minhas "aventuras, com fotos e tudo mais". É uma forma de estar mais perto dos meus amigos, já que agora estamos a exatos 1.699 km de distância.

- Julie & Julia - essa foi sem dúvida minha maior fonte de inspiração! O filme ma-ra-vi-lho-so é baseado em duas histórias reais e intercala a vida de duas mulheres que, apesar de separadas pelo tempo e pelo espaço estão ambas perdidas... até descobrirem que com a combinação certa de paixão, coragem e manteiga, tudo é possível. Enfim, não vou contar a estória, vale a pena assistir no cinema ou ler os livros ("My life in France" - Julia Child,2006 e "Julie & Julia" - Julie Powell, 2005) que inspiraram a película. Ah, claro, e o blog da Julie Powell!