sábado, 19 de junho de 2010

Hoje o dia está bom pra... cantar o amor

Saiu na primeira página do jornal: Hoje Chico Buarque faz 66 anos. E isso me faz pensar...

Quando me apaixonei por ele, eu era uma menina de 14 que não sabia nada sobre o amor. Hoje - quase outros 14 anos depois - não sou mais uma menina, embora continue sem entender o amor e, inevitavelmente, apaixonada pelo Chico. Durante os anos que se passaram, suas letras e suas músicas fizeram parte da minha vida. E, pensando bem, acho que desde que conheci o Chico, não houve um dia sequer que ele não passasse pela minha cabeça, saísse pela minha boca, entrasse pelos meus ouvidos ou invadisse o meu coração.

Os mais românticos podem até dizer: taí o que é o amor! É, talvez... Mas hoje penso que amor não é só isso, não é não. Amor pode ser simples assim, unilateral, platônico, sem dor. Mas pode também ser louco, torto e inexplicável. Pode ser tranqüilo, edificante, puro. E pode ser doentio, ou inquieto, ou fugaz. Pode ser pra sempre e pode ser pra hoje! Amor pode virar amizade e vice-versa. O amor pode se transformar, diminuir ou aumentar; pode mudar de foco, pode mudar de linha. Pode ser exclusivo, pessoal e intrasferível (ou não). Seja forte ou seja frágil, não deixa de ser amor. Obscuro, obsceno, obsoleto, obsessivo, obstinado, obstante. Cada um é cada um, e cada amor é único. Por mais que a gente ame, cada amor é novo, o que se aprende do amor passado não se aplica ao próximo. Existem amores possíveis e impossíveis. Amores simultâneos, simulados, simbólicos, simbióticos, simplórios, simpatizantes. Amor pode ser tudo. Pode não ser nada, também: antes de casar sara.

Eu não sei cantar o amor como o Chico faz. Mas a regra mais importante que aprendi sobre o amor (e essa eu aprendi com a vida) é a seguinte: não há regras.